Woodstock





Ninguém sabia, mas era uma festa de despedida. A maior que o mundo já viu. Parte daquela que foi talvez a geração mais generosa e fecunda em muitos séculos se reuniu numa fazenda para ouvir música e compartilhar a liberdade e a paz com que sonhava para o mundo. Três dias de desconforto, com pouca comida e sob a chuva forte que caiu no segundo dia. A maioria dormiu na relva, ou na lama, um cuidando do outro. Seriam trezentos mil jovens, segundo alguns. Quinhentos mil para outros. Houve quem, inclusive a polícia, calculasse em mais de um milhão. Quarenta anos depois pode-se dizer com certeza: são muitos milhões em mais de uma geração! Sim, porque quem não foi em Woodstock, foi tocado por ele. Alguns morreram em Woodstock, outros nasceram lá.  
Os anos 60 entram para história como a década do grande levante mundial da juventude. Woodstock é um dos símbolos mais importantes desse levante. Aqueles "três dias de música e paz" ainda não acabaram. Woodstock se prolonga até hoje. É como um eco ressoando em nossas consciências: a paz e a liberdade são possíveis; uma outra sociedade é possível. Aqueles três dias provaram isso. 
Algumas apresentações entraram para história da música. A mais conhecida e emblemática é sem dúvida a de Jimmy Hendrix. Mas há outras igualmente fantásticas, como a do "The Who", ou a impressionante apresentação do até então desconhecido Carlos Santana.

Carlos Santana - Soul Sacrifice


      

Comentários

  1. Henrique, nunca me havia ocorrido que era uma festa de despedida. Bonito texto!

    Elizabeth

    ResponderExcluir
  2. Pois foi, Elizabeth. Li por aí que na fazenda de Bethel hoje funciona um museu. Tem stands que vendem camisetas, bottons e outras bugigangas. É proibido montar barracas no local! E, suprema heresia: é proibido fumar!

    ResponderExcluir

Postar um comentário