(1972-2010)
O público brasileiro não chegou a conhecê-la e admirá-la como deveria. E agora ela se foi. Foram poucas e breves as notícias sobre o falecimento de Lhasa de Sela, por câncer de mama, no primeiro dia do ano, aos 37 anos.
Lhasa nasceu em Nova York, numa pequena cidade chamada Big Indian. Mudou-se para Quebec, no Canadá, e passou a infância em viagens entre os Estados Unidos e o México, seguindo os caminhos do trabalho de seu pai. Essas viagens e o contato com diferentes culturas e influências moldaram uma personalidade artística sensível e singular. Era chamada de "nômade", mas sua identificação com a cultura mexicana era clara.
Sua voz era bonita e cálida, e se integrava plenamente ao som dos instrumentos em arranjos sempre muito bem cuidados. Seu repertório ia do rock a canções tradicionais. Cantava em espanhol, francês e inglês.
Seu primeiro álbum, La Llorona, cantado em espanhol, é de 1997. A primeira vez que a ouvi foi em De cara a la pared. Pareceu-me uma espécie de anjo. Talvez seja mesmo.
Lhasa de Sela - De cara a la pared
Deve ter sido um Anjo. Não a conhecia. Brutal e terna, como seu blog. Deve ser uma das responsáveis pela aguaceira que acua a Terra nesses dias, em seu rastro nômade, comovendo os Céus. Obrigada por trazê-la! Obrigada, Lhasa.
ResponderExcluirVoltei para olhar para a parede e chorar com ela e com vc. Parece veludo, parece vento. Obrigada, Henrique!
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